quarta-feira, 29 de maio de 2013

Trabalho dos cavalos em dias de chuva

Quem mora no RS sabe que no período de outono/inverno a chuva se faz presente na maioria dos dias. Nós temos nossas casas, carros e ambientes de trabalho fechados, mas e os cavalos? Conversamos com a veterinária Daniela Veppo Salim para obter algumas dicas e curiosidades sobre o trabalho dos animais em dias de chuva. Confira!

Cavalos podem se exercitar em dias de chuva?
Podem, mas temos que respeitar as condições do piso. É importante também pensar no tipo de trabalho que vai ser feito. Dar guia ou fazer exercícios de salto não são recomendados se o piso não está adequado. Se estiver escorregadio ou muito pesado, pode causar lesões do aparelho locomotor.
Outro cuidado importante é ao soltar os animais em piquetes úmidos. A chuva pode ter passado, mas o pasto ainda está molhado e isso pode ser perigoso, pois ao correr e brincar eles podem escorregar, causando lesões, cortes, perda de ferraduras e até fraturas. Isso também serve para quem gosta de dar um passeio e fazer um exterior. Lembre-se dos perigos de um piso escorregadio!

O temperamento do animal pode ficar alterado? Porque?
Sim, mas isso vai variar conforme cada cavalo. Obviamente, cavalos assustados são os que tendem a reagir mais ao vento ou trovões, ficando agitados. Porém, qualquer animal vai ficar incomodado. Uma curiosidade é que se o cavalo estiver solto, ou se for dada a opção a ele (mesmo montado), ele procura ficar de costas para a direção da chuva para se proteger!

Existe algum risco na saúde dos animais em trabalhar em dias chuvosos?
Dermatofitose fúngica
O piso é importante para que não ocorram lesões do aparelho locomotor. Quanto ao fato de se molharem, os problemas mais comuns dos animais que ficam expostos à umidade (lama, ou grama molhada, por exemplo) por longos períodos de tempo estão relacionados à pele e aos cascos. Normalmente, a pele do cavalo é altamente resistente à infecção bacteriana, a menos que esteja constantemente exposta a fatores que causam redução nos mecanismos de defesa naturais, como a umidade, por exemplo. Lembrando que trabalhar em piso molhado não vai causar problemas se o cavalo for bem manejado após o exercício.
A dermatofitose fúngica, que aparece nas camadas queratinizadas superficiais da epiderme, varia conforme a espécie do fungo, mas no geral há áreas circulares bem definidas de pelos eretos, elevados ou curtos. Em seguida, os pelos se perdem e as lesões vão aumentando gradativamente, formando crostas e escarras.
A dermatofilose, causada pela bactéria é a responsável por lesões superficiais nas quartelas, bulbos, canelas, garupa e dorso. Esta dermatite é exsudativa úmida e forma crostas no pelo. O mais importante, além do tratamento com soluções em spray ou xampus, é manter o cavalo seco para eliminar a bactéria.
Outro cuidado importante é com a saúde dos cascos. Afinal, sem cascos, não temos cavalo. Cavalos submetidos a longos períodos de umidade, seja em piquetes, pistas ou pavilhões molhados, podem ter doenças como o Cancro, que é uma pododermatite crônica, e o Mal de Casco, que é uma condição degenerativa da ranilha e Doença
Dermatofilose bacteriana
da Linha Branca, que é a deterioração da linha branca em direção a banda coronária, todos relacionados a condições pouco higiênicas e úmidas. Manter sempre a cocheira limpa e seca. Não adianta o cavalo trabalhar, secar e ir pra cocheira úmida. Além disso, umidade em excesso é a principal causa de ferraduras perdidas, pois os cascos não seguram os cravos adequadamente. Acredita-se
também que a lama profunda pode interferir no equilíbrio do cavalo, também facilitando o arrancamento da ferradura.

Após o trabalho, quais as medidas que devem ser tomadas para prevenir doenças e desconforto nos animais?
Em dias chuvosos, você tem que pensar no manejo do seu cavalo após o trabalho também, para que o cavalo seque completamente antes de ir pra cocheira, seja estando ligado ou não, com capa ou não. Vale lembrar que é sempre interessante que cada animal tenha seu kit de limpeza e que seja constantemente escovado. Não é apenas uma questão de beleza! Durante a escovação, há entrada de ar na pelagem e, além disso, podemos verificar se existem lesões. Nos pavilhões, é interessante o uso de tapetes de borracha. Removíveis, eles isolam o animal da umidade do chão, e podem ser retirados para a limpeza das instalações. A cocheira tem que estar com cama seca e limpa, afinal para grande parte dos cavalos é lá que eles vão passar a maior parte do dia.
Resumindo, em dias de chuva, é importante analisar se vale a pena trabalhar em pistas úmidas, qual será o exercício realizado e se há um manejo correto após o exercício. Prevenir é melhor do que remediar, SEMPRE.

Daniela é veterinária formada pela UFRGS e amazona.

terça-feira, 28 de maio de 2013

No último final de semana, 25 e 26 de maio, a Fazenda Boa Vista em Porto Feliz/SP realizou a 2ª Copa Hermès. A competição mais luxuosa do hipismo brasileiro reuniu os melhores cavaleiros do Brasil, todos convidados pelo comitê organizador e o público que prestigia só ingressa na Fazenda com convites.
Este ano a Copa Hermès teve participação de três conjuntos gaúchos, convidados pela organização: Beatriz Johannpeter que competiu na categoria Amador 1m20, Francisco Obino Cirne Lima na série intermediária 1m35 e Cristiano Quadros na categoria Sênior 1m55.



O título de campeão do Grande Prêmio foi o mineiro Sérgio Henriques Neves Marins, com o BH de oito anos Top Team Land Peter do Feroleto, com dois pontos perdidos. Segundo para Luiz Guilherme Ciampi, campeão do primeiro dia da série forte, com Equitar Rio Lindebjerg, por São Paulo, e terceiro para José Reynoso e Maestro St Lois, também por São Paulo.

sábado, 25 de maio de 2013

Bem Vindos!

Bem vindos ao canal de informações, curiosidades e notícias do hipismo no Rio Grande do Sul!!